Emilio López Romero –
Nações Unidas, 18 dez (EFE).- O PIB mundial crescerá 3% em 2014 e 3,3% em 2015, de acordo com a antecipação de um novo relatório das Nações Unidasdivulgado nesta quarta-feira. O documento também alerta que uma das “ameaças” para a economia mundial seria o fim “abrupto” dos estímulos monetários nos Estados Unidos.
“O Produto Interno Bruto mundial teve um crescimento baixo em 2013, mas certas melhoras no último trimestre nos levaram a elevar nossa previsão para os próximos dois anos”, garantiram os especialistas das Nações Unidas ao antecipar seu relatório “Situação e perspectivas da economia mundial em 2014”.
A versão definitiva do relatório será publicada em janeiro pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo os analistas do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (Desa, na sigla em inglês), o fim da “prolongada recessão” na zona do euro e a melhoria do crescimento nos Estados Unidos, assim como a capacidade de Índia e China de “conter” a desaceleração dos últimos dois anos justificaram a elevação de suas estimativas para 2014.
No caso dos Estados Unidos, a ONU espera um crescimento de 2,5% em 2014, enquanto para a Europa Ocidental os índices continuam “baixos”, em torno de 1,5%.
Quanto às economias dos países em desenvolvimento e em transição, os especialistas esperam um índice de crescimento de 3% para o Brasil, de 5% para a Índia e de 2,9% para a Rússia, enquanto a China deverá manter os 7,5% “nos próximos anos”.
O estudo considera os principais “riscos” e “incertezas” que ameaçam a economia mundial, entre os quais se destacam a política monetária dos Estados Unidos e as batalhas políticas nesse país em torno do teto da dívida, assim como a “fragilidade” do sistema bancário na zona do euro.
Os especialistas asseguram que um final “abrupto” dos estímulos monetários do Banco Central americano (Fed) seria uma “ameaça” para a economia mundial, já que poderiam levar a um aumento das taxas de juros em longo prazo nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
As Nações Unidas advertiram, inclusive, sobre o impacto de uma redução desses programas de expansão quantitativa, e mencionaram “vendas maciças” nos mercados mundiais, uma “queda pronunciada” dos fluxos de capital para as economias emergentes e uma disparada nas premiações de risco.
Fonte: UOL.