Hoje, eu quero falar sobre retornos. Há alguns anos eu decidi suspender as publicações neste site, mas hoje decidi retornar, considerando a necessidade de manifestar minha opinião sobre o que tem acontecido no país, já que agora estamos voltando a ter ares mais empresariais. Quem sabe os investimentos produtivos retornem logo?
E o que se pode dizer sobre retorno? É simples de se compreender. Quando lançamos um bumerangue, ele percorre um certo caminho e depois volta para o local de onde foi lançado.
Quando o homem foi pra lua, retornou com a nave e as roupas impregnadas de poeira lunar, grudada que nem cola nas engrenagens e orifícios. Dizem que a poeira tinha um odor muito forte de pólvora queimada, mas aqui na terra já não mais possuía odor. É como se a umidade fizesse a poeira absorver o odor das substâncias que a cercavam. É como a areia exala um cheiro em dias chuvosos.
Com o dinheiro parece ser a mesma coisa. Quando alguém decide investir recursos em algum empreendimento, espera ter o retorno daquele valor, preferencialmente com um bom odor. Esse cheiro impregnado volta para o investidor em forma de lucros, quando o investimento é bem sucedido. No entanto, quando não, o odor parece pior do que o da poeira lunar.
O retorno inodoro pode interessar a alguns, mas não agrada aos financistas. Estes querem um retorno positivo, com boa fragrância. É o velho conhecido Valor Presente Líquido, que é a diferença entre o somatório dos valores presentes dos fluxos de caixa e o valor do investimento.
Se sobrar, significa que houve um retorno positivo para o bolso do investidor. Caso contrário, o dinheiro não voltou, apesar de ter caminhado pelo sistema circulatório do mercado. Ele se contentará apenas com o valor residual, o que sobrar no final do horizonte do projeto.
Um investimento só é considerado bom, quando seu retorno cobre o custo do capital investido, ou seja, quando sua rentabilidade é suficiente para pagar o custo financeiro do dinheiro. Nem todo o dinheiro que se vê é retorno positivo. Se ligue.